
A COP30 só acontece em novembro, em Belém, mas já está incentivando empresas a adotarem práticas mais sustentáveis para se adequarem às demandas do evento.
Transição para energia limpa, redução do uso de materiais poluentes, reaproveitamento e destinação de resíduos são algumas das práticas que estão cada vez mais presentes no dia a dia da cidade, principalmente no setor de serviços.
No restaurante de culinária típica Ver-o-Pesinho, as medidas se intensificaram em março do ano passado. Primeiro, foi feita a redução do uso de plásticos em toda cadeia, copos e talheres mas principalmente embalagens, já que o espaço também tem uma loja de artigos regionais. Com as mudanças, o restaurante reduziu em 80% a utilização desse material.
“Não tínhamos ideia de como seria atender um evento como a COP30, então tivemos que adaptar desde o cardápio, incluindo opções para pessoas alérgicas, mas também reduzindo o uso de plástico. Nossos copos são de cerâmica de Bragança, não usamos canudos e trocamos todas as embalagens por papel”, diz o proprietário Manoel Netto.
A adaptação converge com a filosofia do espaço, que, em oito anos de existência, também priorizou o produtor local para a aquisição de insumos, seja de ingredientes para as receitas ou para peças em exposição na loja.
“Buscamos trabalhar com pequenos produtores. Eles nos trazem produtos que não são convencionais, todos os nossos laticínios, castanha-do-pará e hortaliças. Isso faz a nossa economia local girar”, afirma Manoel Netto.
O Ver-o-Pesinho também vem investindo na transição para o uso de energia solar, que deve estar totalmente instalada até a realização da conferência. “O turista já chega pensando nisso, muitas vezes dispensando a sacola, o talher plástico e até as embalagens”, comenta o proprietário.
Reciclar e reaproveitar
Empresas que estão trabalhando na montagem de eventos paralelos, ou dentro do Parque da Cidade, que vai concentrar as discussões climáticas, também estão sentindo a necessidade de aplicar processos mais sustentáveis à produção.
