
O governador Wilson Lima destacou a importância da primeira cirurgia cardíaca do Brasil por telemonitoramento, realizada nesta semana no Amazonas. O procedimento foi realizado no Hospital Francisca Mendes, zona norte de Manaus, referência em cardiologia na região Norte, com o apoio de uma plataforma de Telemonitoramento do Ato Cirúrgico (TAC).
A iniciativa marca um avanço na área da saúde pública e posiciona o Amazonas como centro modelo na realização de cirurgias cardíacas, com suporte técnico à distância, o primeiro a executar o procedimento. A unidade hospitalar agora passa a integrar o seleto grupo de instituições que participam do projeto desenvolvido pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Hospital do Coração (HCor), por meio do Proadi-SUS.
“Isso mostra a força do Sistema Único de Saúde, mostra também as possibilidades que temos em parcerias de levar procedimentos complexos para as regiões mais distantes do país, sobretudo aqui no Amazonas. Nós estamos dando mais um passo importante na evolução tecnológica e de tudo o que tem disponível nesta governança digital para prestar um atendimento de maior qualidade”, afirmou o governador Wilson Lima.
A cirurgia foi feita com o acompanhamento remoto de especialistas de São Paulo, com apoio de um sistema integrado de áudio, vídeo e dados. A plataforma TAC permite que a equipe médica em Manaus receba orientações em tempo real durante todo o procedimento, promovendo qualificação profissional e ampliando o acesso a tratamentos complexos, mesmo em regiões distantes dos grandes centros.
Além do governador Wilson Lima, acompanharam de forma virtual os trabalhos na capital o ministro da Saúde, Alexandre Padilha; Maria Ângela Salem Sallum, presidente da Associação Beneficente Síria; Fernando Torelli, superintendente corporativo do HCor; entre outros profissionais de saúde. Na capital, também participaram a coordenadora da Atenção Especializada do MS, Carmem Moura; a secretária de Saúde do Amazonas, Nayara Maksoud; a diretora do Hospital Francisca Mendes, Roberta Nascimento; e o chefe de cirurgia cardíaca do Hospital Francisca Mendes; Dr. Silas Avelar.
Paciente
A primeira paciente a passar pelo procedimento foi a pequena Aysha Isadora de Almeida Gomes, de 1 ano e 3 meses. Nascida prematura, com 32 semanas, Aysha foi diagnosticada com cardiopatia congênita ainda na maternidade. Após ficar internada na UTI neonatal por 15 dias, seguiu para acompanhamento no Hospital Francisca Mendes, onde permaneceu sob cuidados contínuos até a realização da cirurgia.
Ela foi diagnosticada com uma comunicação interventricular perimembranosa com repercussão hemodinâmica. Após exames e discussões clínicas, foi indicada a correção total do defeito cardíaco.
“O procedimento realizado na paciente é uma comunicação entre câmaras do coração. Estamos fechando um orifício que não é para estar mais ali e que só é aberto quando está no útero da mãe. Essa atuação com o HCor vais nos proporcionar um amadurecimento maior, porque o serviço de cirurgia cardiovascular neonatal e pediátrica é um grande desafio”, falou o chefe de cirurgia cardíaca do Hospital Francisca Mendes, Silas Avelar.
