Prefeitura de Porto Alegre a esquerda e o Mercado Municipal a direita, alagados, após chuva intensa - Foto: Gilvan Rocha / Agência Brasil
Um relatório publicado pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios) revelou que entre 2013 e 2024 os municípios do país tiveram mais de R$ 700 bilhões em prejuízos causados por fenômenos naturais.
Segundo as informações, a maior parte delas foi consequência da seca e da estiagem, mas há diversos casos de danos por chuvas e deslizamentos, por exemplo, além de queimadas e doenças.
De acordo com os dados da CNM, foram 70.361 decretos de emergência ou estado de calamidade, apresentados por 5.279 municípios, o que representa uma média de 13 ocorrências para cada uma dessas prefeituras.
“Podemos dizer que todos os municípios do Brasil tiveram problemas com desastres, mais de 6 milhões de pessoas tiveram que abandonar suas casas e quase 3 mil pessoas morreram, no período analisado, é alarmante. Os municípios não conseguem resolver isso sozinhos, e precisam lidar com as consequências. É urgente a adoção de ações integradas de prevenção de desastres e gestão de riscos”, afirma o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, em material publicado no site da confederação.
A entidade afirmou ainda que entre os orçamentos aprovados, estava previsto o investimento de R$13,4 bilhões nesse período para gestão de riscos e prevenção de desastres. No entanto, menos de 40% desse montante foi efetivamente repassado aos municípios.
“O governo federal só repassou R$ 5,3 bilhões aos Municípios para ações de proteção e defesa civil, o que representa somente 39,8% prometido. Não adianta fazer um inventário, ir atrás do dinheiro, porque não vem nada, é zero. Dos decretos de situação de anormalidade, só 48% dos Municípios preencheram os danos causados e mesmo assim de forma muito elementar, porque os prefeitos não acreditam mais no governo federal”, afirma Ziulkoski.
Ano a ano os números de casos de crises naturais nos municípios têm crescido, desde casos de seca, como enchentes, queimadas e doenças. Todos têm aumentado anualmente.
O movimento climatológico do El Niño, assim como a falta de manutenção e cuidado, são apontados como as principais causas do aumento das fatalidades e dos prejuízos financeiros.
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