O ministro da Fazenda, Fernando Haddad - Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, espera que o PIB (Produto Interno Bruno) brasileiro termine o ano crescendo 2,5%. Em entrevista Haddad afirmou que, em média, o Brasil crescerá 3% ao ano no governo Lula “com distribuição de renda”.

Haddad mostrou otimismo sobre o crescimento do Brasil. “Eu acredito que nós podemos concluir os quatro anos do mandato do presidente Lula com uma taxa média de crescimento de 3%”, afirmou.

Apesar dos da taxa de juros em 14,75% ao ano, o PIB deve aumentar também em 2025. “Esse ano, mesmo com juros altos, nós vamos crescer alguma coisa em torno de 2,5%”, afirmou. “Eu acredito que a economia brasileira tem condições de crescer de forma equilibrada a uma taxa próxima da média mundial. Não vejo razão para o Brasil crescer menos.”

O ministro também garantiu que o Brasil preservará o arcabouço fiscal, criado para conter os gastos públicos. “Nós continuamos perseguindo as metas do arcabouço fiscal. Fizemos isso ano passado, vamos fazer isso esse ano, vamos fazer isso o ano que vem.”

“As regras fiscais são para valer, o governo tem compromisso com isso.” disse Fernando Haddad, ministro da Fazenda.

Crescimento X Igualdade

Haddad afirmou que o equilíbrio fiscal não deve impedir a distribuição de renda. “Vou fazer tudo o que for necessário para cumprir as metas estabelecidas pelo governo, para que as coisas se acomodem no patamar que eu considero satisfatório para a economia crescer com distribuição de renda”, disse.

O ministro aproveitou para ironizar economistas que sacrificam a igualdade social. “Tem economista que quer saber das coisas dele, e se o povo estiver comendo mais, comendo menos, tanto faz. Eu não sou dessa escola”, afirmou.

“Nós estamos no melhor momento de distribuição de renda da nossa história recente. Nós estamos na melhor taxa de desemprego da nossa história recente. Nós estamos no maior incremento de renda da nossa história recente. Eu quero preservar isso.” afirmou Fernando Haddad.

Foto: Agência Brasil

Imposto de Renda é “prioridade”

Haddad defendeu a reforma do IR apresentada pela equipe econômica ao Congresso. Para o ministro, o tema deve ser tratado como prioridade por garantir a isenção a 15 milhões de brasileiros a partir da cobrança de 141 mil super-ricos. “São 15 milhões de um lado e 141 mil de outro.”

“É a primeira vez que um governo muito progressista apresenta uma proposta para fazer o mínimo de justiça e tem gente reclamando. Essa proposta tinha que ser aprovada em 15 dias.” afirmou Fernando Haddad, ministro da Fazenda.

Mais ricos ‘escapam’ do Imposto de Renda, diz Haddad. Na avaliação do ministro, a reforma proposta vai resultar na correção da tabela defasada contra nos últimos 30 anos e que pesa contra o trabalhador assalariado. “Nós já conseguimos taxar os fundos fechados, que eram aqueles fundos familiares que ninguém botava a mão”, afirmou.

Ele afirmou que Bolsonaro desistiu da proposta. Ao recordar a promessa do ex-presidente de isentar o Imposto de Renda sobre quem recebe até R$ 5.000, Haddad disse que Bolsonaro “desistiu” devido ao impacto para a recomposição. “[A isenção] Ficou dois, três anos com o Marcos Cintra, como secretário da Receita, e o Guedes defendendo a volta da CPMF com outro nome. um imposto digital, sobre pagamentos”, disse Haddad.

*Com informações de Uol