Estudante retornou ao Monte Fuji para pegar o celular, entre outros objetos, mas sentiu mal-estar - Foto: Flickr / Matthias Harbers / Flipar
As autoridades japonesas resgataram o mesmo alpinista duas vezes no intervalo de apenas cinco dias no Monte Fuji, a montanha mais alta e simbólica do Japão. O jovem, um estudante universitário chinês de 27 anos que vive no país, enfrentou condições extremas ao escalar fora da temporada oficial e teve que ser salvo após sofrer mal-estar nas duas ocasiões.
Segundo a polícia da província de Shizuoka, ele foi resgatado pela primeira vez na terça-feira, após chegar ao cume do monte, a 3.776 metros de altitude, e ser acometido por sintomas do mal da montanha — uma reação comum à altitude elevada. Conforme a CNN, no sábado seguinte, retornou à trilha para tentar recuperar objetos que havia deixado para trás, entre eles o telefone celular, mas voltou a passar mal e teve de ser socorrido novamente, desta vez a mais de 3.000 metros de altitude.
As autoridades confirmaram que a vida do alpinista não corre risco, mas o episódio chamou atenção para os perigos do Monte Fuji fora da temporada oficial de escalada, que vai de 10 de julho a 10 de setembro. Nesse período, trilhas, placas de orientação, cabanas de apoio, banheiros e estações de primeiros socorros são retirados ou desativadas, tornando a subida significativamente mais arriscada.
A escalada em baixa temporada também desrespeita orientações das prefeituras de Shizuoka e Yamanashi, que compartilham a jurisdição do monte. Em resposta ao crescente número de visitantes e problemas de superlotação, as autoridades anunciaram, em março, uma série de medidas mais rigorosas para a temporada de 2025.
Entre elas, estão a obrigatoriedade de reservar o passeio com antecedência pela internet e o limite diário de 4.000 alpinistas. Além disso, será necessário pagar uma taxa de 4.000 ienes (cerca de 157 reais) por pessoa — o dobro do valor cobrado em 2024, quando a contribuição se tornou obrigatória. Até então, a taxa era apenas uma doação sugerida de 1.000 ienes (40 reais).
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