Romualdo Amaral, de 35 anos, faz parte da equipe indicada na categoria 'Melhores Efeitos Visuais' em Wicked (Foto: Reprodução / Redes Sociais)
As indicações de brasileiros na edição 97ª do Oscar não se limitaram a ‘Ainda Estou Aqui’, mas também se estenderam às categorias de Melhores Efeitos Visuais e Melhor Curta-Metragem em Live Action.
O animador mineiro de Uberlândia, Romualdo Amaral, fez parte da equipe de ‘Wicked’, indicada a Melhores Efeitos Visuais. Já para Melhor Curta-Metragem em Live Action foi indicado o curta ‘A Lien’, que tem como diretor de arte o ítalo-brasileiro Andrea Gavazzi, responsável pela fotografia da produção.
Além de ‘Wicked’, Romualdo Amaral também participou das produções ‘Stranger Things’, ‘Falcão e Soldado Invernal’, e ‘Tico e Teco’. Em entrevista à CBN, o mineiro disse ser uma honra representar o Brasil na premiação, e contou que tem vontade de dizer a todos que é brasileiro, uma vez que integra uma indústria majoritariamente norte-americana.
‘A cada 10 mil americanos trabalhando no meu setor, é proporcional a 10 brasileiros. Justamente porque, para os brasileiros, essa oportunidade é muito mínima. (…) Poder representar o Brasil diante de uma equipe tão grande e que entrega um trabalho tão incrível é uma honra para mim. E eu morro de orgulho de poder dizer para todo mundo que eu sou brasileiro’, avalia Romualdo Amaral.
O animador e artista visual contou ainda que, embora seu trabalho tenha sido realizado 100% de forma remota, teve a chance de conhecer as protagonistas de ‘Wicked’, Cynthia Erivo e Ariana Grande. Durante a conversa, a intérprete da bruxa verde Elphaba agradeceu ao trabalho de Amaral em português, dizendo: “Obrigado”.
‘Meu trabalho é 100% remoto, então, eu não tive, durante as gravações, contato com o elenco. Contudo, depois, quando o filme foi ser lançado, eu tive a oportunidade de ir em um evento com as atrizes, o elenco em si. E tive a oportunidade de ir conversar com as meninas, a Ariana Grande e a Cynthia Erivo, me apresentar para elas, comentar com elas que eu trabalhei na equipe de efeitos especiais. A Ariana Grande foi super receptiva comigo, agradeceu o meu trabalho, parabenizou o meu trabalho, foi muito legal. E a Cynthia foi um amor de pessoa que, inclusive, no final, na hora que eu falei que era do Brasil, ela agradeceu com um ‘obrigado’ em português. Então, foi um sentimento muito bacana ter tido essa conversa com elas’, conta.
O diretor de arte Andrea Gavazzi nasceu em São Paulo e cresceu em Roma, na Itália. Ele é o diretor de fotografia do curta-metragem indicado a Melhor Curta-Metragem em Live Action, ‘A Lien’.
Gavazzi revelou que a reação da indicação do filme de baixo orçamento foi uma mistura de euforia com incredulidade, especialmente considerando o tema do curta, que acompanha a luta de um casal – uma norte-americana e um imigrante, para conquistar o green card nos EUA.
Com as ameaças do governo Trump, que promete deportações em massa, o tema de ‘A Lien’ trata de uma realidade atual e angustiante para os imigrantes nos EUA. Para Gavazzi, a indicação do curta ao Oscar reforça a urgência do debate sobre imigração e a necessidade de reforma no sistema.
“A indicação de A Lien ao Oscar reforça a urgência do debate sobre imigração e a necessidade de reforma do sistema. O filme expõe a experiência dos imigrantes de maneira visceral, utilizando elementos do gênero de terror para transmitir a angústia e o desamparo de quem enfrenta processos burocráticos frios e impessoais. A presença do curta na maior premiação do cinema norte-americano demonstra que essas histórias precisam ser contadas e reconhecidas”, explica.
A cerimônia da edição 97ª do Oscar ocorre na noite deste domingo (2), a partir das 21h.
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