Água parada é um dos principais motivos de proliferação do vetor (Foto: Antônio Lima / Secom)

Os casos de dengue mais que dobraram no Amazonas na última semana, de acordo com o informe epidemiológico divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) divulgado ontem (30). Ao todo foram confirmados 344 casos da doença, já nas três primeiras semanas de janeiro o consolidado apontou 169 casos de dengue.

O boletim representa os casos confirmados entre os dias 23 e 30 de janeiro. Ainda segundo o boletim, o estado registrou, neste mês de janeiro, 1.259 notificações de suspeitas de arboviroses – doenças virais transmitidas por insetos e aracnídeos. O levantamento aponta que não houve mortes confirmadas.

A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, conversou com o g1 e destacou que o estado está no período da sazonalidade para arboviroses, com o risco maior para a dengue.

“Estamos aguardando um aumento, estamos nos preparando, mas hoje nós estamos aí com essa previsão, a tendência de aumento de casos. O aumento para o risco existe”, explicou.

Para tentar conter o avanço da doença, uma orientação foi emitida pela fundação para os municípios do interior do estado. O foco é ampliar ações de eliminação dos criadouros do Aedes aegypti. Nos próximos dias, um plano de contingência da doença para os 62 municípios do Amazonas deve ser lançado.

Sorotipos e sintomas

Neste ano a fundação está monitorando os quatro sorotipos de dengue que circulam no país, inclusive o dengue Tipo 3, que foi registrado pela primeira vez nos últimos 15 anos no Amazonas, em 2024.

Segundo o Ministério da Saúde, o Tipo 3 é considerado um dos sorotipos mais virulentos do vírus da dengue, tendo maior potencial de causar formas graves da doença. No entanto, os sorotipos 2 e 3 são frequentemente associados a manifestações mais severas.

Sintomas mais comuns associados a dengue:

  • Febre alta;

  • Dor no corpo e nas articulações;

  • Dor atrás dos olhos;

  • Mal-estar;

  • Dor de cabeça;

  • Manchas vermelhas no corpo.

Sinais de alarme da doença:

  • Dor abdominal intensa e contínua;

  • Vômitos persistentes;

  • Acúmulo de líquidos;

  • Sangramento de mucosa;

  • Irritabilidade.

Com informações do g1-AM