Foto: Fiocruz Amazônia

O pesquisador da Fiocruz Amazônia Luis André Morais Mariúba, venceu o Prêmio Fapeam de Ciência, Tecnologia e Inovação Ênio Candotti, edição 2024, na categoria Pesquisador Inovador para o Setor Empresarial. Mariúba coordena o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da unidade da Fiocruz em Manaus, é membro do laboratório de Diagnóstico e Controle de Doenças Infecciosas na Amazônia (DCDIA) e é responsável pela coordenação de projetos de pesquisa para desenvolvimento de tecnologias, produtos e processos, entre os quais kits de teste diagnóstico e protótipos vacinais para diversos tipos de doenças.

A solenidade de premiação ocorreu nesta semana, na sede do Museu da Amazônia (Musa), na Cidade de Deus, Zona Leste de Manaus, em homenagem ao pesquisador que dá nome ao prêmio. Na oportunidade, a Fapeam fez o lançamento dos novos editais em oito programas, sendo dois inéditos, com recursos no valor de R$ 59 milhões que serão utilizados para apoiar a formação de recursos humanos, desenvolvimento de pesquisas, ações de popularização da ciência e inovação tecnológica.

Importância do reconhecimento

“É uma forma de reconhecer o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos, não só para mim, mas pelo grupo que trabalha comigo, sempre de forma colaborativa. A premiação demonstra que temos essa capacidade e podemos aumentar cada vez mais nossa produção”, afirmou o pesquisador, lembrando que a submissão ao prêmio incluiu histórico acadêmico, toda a produção desenvolvida sob sua coordenação ao longo dos últimos anos, seja na forma de artigos, patentes, colaborações para a formação de empresas e produtos desenvolvidos que trouxeram retorno na formação de recursos humanos e benefícios diretos para a sociedade.

A diretora da Fiocruz Amazônia, Stefanie Lopes, agradeceu pela premiação e os editais lançados, enaltecendo o trabalho de fomento à produção científica da Fapeam. “Esse fomento é fundamental. A Fapeam tem lançado anualmente editais inovadores, essenciais para nossas atividades e que agregam à nossa missão institucional de divulgar a Ciência que é feita no Amazonas”, afirmou.

A diretora presidente da Fapeam, Marcia Perales, lembrou que nos últimos anos, o Amazonas tem vivenciado importantes desafios e transformações no plano da ciência. “Ao reposicionar a área de CTI como estratégica e estruturante para o desenvolvimento do Amazonas, o Governo do Estado vem dando apoio político e garantindo investimentos do tesouro estadual nesta área, favorecendo o desenvolvimento científico e tecnológico, seja por meio do fomento à pesquisa inovação ou empreendedorismo, seja por meio do olhar que valoriza fortemente a formação de recursos humanos”, frisou.

Sobre o NIT

O laboratório de Diagnóstico e Controle e Doenças Infecciosas da Amazônia (DCDIA) atua primariamente na pesquisa básica buscando entender aspectos genéticos, bioquímicos e imunológicos envolvidos na interação dos patógenos – agentes causadores das doenças infecciosas – e seu hospedeiro – no caso o homem ou também o vetor transmissor dessa doença. A partir do conhecimento básico sobre essas interações, o grupo também atua também na prospecção de moléculas destes patógenos que possam ser utilizadas em novas composições vacinais, ou que possam ser utilizadas como marcadores de infecção em kits de diagnóstico, por exemplo.

O Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da Fiocruz Amazônia tem o objetivo de prospectar projetos de pesquisa para identificação de tecnologias e produtos que possam ser patenteados, assim como intermediar o contato entre pesquisadores, tecnologistas e a Coordenação de Gestão Tecnológica (Gestec/Fiocruz) para elaboração de pedidos para depósito de patentes e acompanhamento do processamento das negociações, desde o depósito até a manutenção das patentes.

O NIT atua diretamente com os pesquisadores da Unidade, fornecendo-lhes orientações acerca de assuntos relacionados à propriedade intelectual e inovação em consonância com as políticas de gestão da inovação da Fiocruz e com o Programa de Inovação Tecnológica do ILMD/Fiocruz Amazônia.

Editais

Neste primeiro repasse de 2025, os editais lançados pela Fapeam totalizam investimentos de R$ 59,3 milhões, sendo dois programas iniciativas inéditas em CT&I: o Programa de Apoio à Mobilidade de Pesquisadores Visitantes e Pós-Doutorado em Áreas Prioritárias de Ciência. Ao todo, serão amparados 824 projetos, 5.164 bolsas e 112 Auxílios-Pesquisa por meio dos oito programas lançados pelo Governo do Amazonas. Os editais estão disponíveis no site da Fapeam. Os recursos destinados para os oito programas são exclusivos do tesouro estadual, mantendo o Amazonas como o estado que mais investe em bolsas para formação de recursos humanos por quatro anos consecutivos. Desde 2019, mais de R$ 780 milhões foram aportados na área de CT&I. Até 2026, a meta é repassar R$ 1 bilhão em fomento para a área científica.

Com informações da Fiocruz Amazônia