Os preços dos carros de luxo podem cair até 35% com o novo acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. A medida, anunciada recentemente, visa a eliminação gradual de tarifas de importação sobre veículos de alto padrão nos próximos 15 anos.
Atualmente, o Mercosul aplica uma tarifa de importação de 35% sobre carros importados, a mais alta para produtos industriais. Com o acordo, essa alíquota será eliminada, reduzindo significativamente os preços de venda ao consumidor final.
Impacto nos preços de mercado
Com a mudança, uma Ferrari 296 GTB, modelo 2025, poderia ser vendida por R$ 3,15 milhões, representando uma economia de R$ 1,5 milhão em relação ao preço atual. Outros modelos também devem ter reduções expressivas.
O Volvo XC 60 T-8 Ultimate Híbrido 2.0, modelo 2024, passaria a custar R$ 293.131,50, comparado ao preço original de R$ 390.842. O Volvo XC 40 Elétrico Recharge Plus, modelo 2025, teria seu preço ajustado para R$ 239.265.
O BMW 320i Sport 2.0, modelo 2025, custaria R$ 262.416,75, enquanto a Lamborghini Huracan Tecnica Coupe LP 640-2, modelo 2025, seria vendida por R$ 3,39 milhões, refletindo as novas condições de importação.
Perspectivas para o mercado automotivo
O setor automotivo é um dos mais beneficiados pelo tratado, com o potencial de maior entrada de modelos de luxo no mercado brasileiro. A eliminação tarifária permitirá que os veículos importados operem com tributação semelhante à dos fabricados no Brasil.
Especialistas apontam que a redução será sentida no preço de importação dos veículos. Isso pode estimular a competitividade entre modelos importados e nacionais, influenciando a dinâmica do mercado automotivo.
Cláusulas de proteção ao mercado interno
O acordo contempla uma cláusula de salvaguarda que permite ao Mercosul suspender as regras de importação caso as vendas de veículos europeus causem danos à indústria local. A suspensão pode durar até três anos, prorrogáveis por mais dois.
Essa avaliação considerará fatores como nível de emprego, volumes de venda e produção, além da capacidade instalada do setor automotivo. O objetivo é proteger a indústria local de impactos adversos significativos.
A medida visa equilibrar a abertura do mercado com a necessidade de preservar a competitividade e a produção nacional, garantindo que o acordo beneficie tanto consumidores quanto a economia regional.
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