Flordelis dos Santos, de 63 anos, condenada a 50 anos de prisão pelo assassinado do marido, o pastor Anderson do Carmo, perdeu um concurso de canto na quinta-feira, 29, na Penitenciária Talavera Bruce, em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A informação é da jornalista Vera Araújo, do jornal O Globo.
Batizado de Voz da Liberdade, o evento foi promovido pela Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP). Flordelis ficou entre as 17 finalistas, mas não venceu a competição vocal. Conhecida pela carreira como pastora e cantora gospel, ela ficou visivelmente frustrada com o resultado. A vencedora do concurso foi Cassiane Victoria Moura Martins, presa por tráfico de drogas.
Mesmo derrotada, ela afirmou que continua sendo uma referência no gênero no Brasil e no mundo, inclusive, que recebe cartas do mundo todo, algumas relacionadas a vida pessoal e outras de apoio.
Presa desde 2021, ela alega que enfrenta dificuldades na unidade de detenção. Segundo disse à jornalista, está tomando remédios e espera um novo júri para tentar responder pelos crimes em liberdade. Além disso, ela mantém a versão de que não é culpada pela morte de seu marido, o pastor Anderson do Carmo.
“Viver aprisionada é muito ruim. Difícil. Tomo muitos remédios aqui, mas sou muito apoiada pelas detentas e pela administração do presídio. Sinto que sou tratada como todas as outras internas. Faço parte do coral e não abro mão de cantar. É minha essência, está no meu DNA. Agora, aguardo um novo júri”.
Flordelis também citou que continua namorando o produtor Allan Soares, de 25 anos. Segundo ela, a relação foi um incentivo de sua psiquiatra. A ideia surgiu após ela apresentar um episódio de depressão.
A criminosa divide a cela no Instituto Djanira Dolores de Oliveira com sua filha, Simone dos Santos Rodrigues. Ambas estão no setor conhecido como ‘seguro’ por motivos de saúde. Flordelis tem problemas cardíacos e sua filha trata um câncer. Para ela, viver essa experiência com a filha é algo que considera horrível.
“Nenhuma mãe desejaria estar presa com a filha, mesmo recebendo o melhor tratamento. Qualquer mãe preferiria estar no lugar do filho”.
