A Cúpula de Líderes do G20, evento que reúne as 20 principais economias do planeta, acontecerá no Rio de Janeiro a partir desta quinta-feira (14) até terça (19). É a primeira vez que o evento será realizado no Brasil .
Espera-se que 55 delegações de 40 países e de 15 organismos internacionais desembarquem no Rio nos próximos dias. Entre os confirmados estão os presidentes de Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping.
A capital fluminense estará agitada durante a semana, pois além da agenda do G20, haverá também a intensa programação paralela: Cúpula do G20 Social, Urban 20 e Aliança Global Festival.
Entenda, a seguir, o que é o G20, seus participantes, o que será discutido e os eventos da próxima semana.
O que é o G20?
É a abreviação para “Grupo dos Vinte”, um “clube” de cooperação internacional em que os países membros discutem iniciativas para promover melhorias econômicas, políticas e sociais.
Ele foi criado após a crise financeira no fim da década de 90 e passou a fazer reuniões periódicas entre os membros a partir da crise econômica de 2008, com o colapso do banco Lehman Brothers.
Ao longo do ano, o grupo estabelece acordos e os assina no último dia da reunião de cúpula.
Quem faz parte do G20?
O G20 conta com os países mais industrializados do mundo: Brasil, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Europeia e União Africana.
A presidência do G20 é rotativa e muda anualmente. O Brasil exerce a presidência do G20 de 1º de dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024 e, com isso, tem o papel de organizar a cúpula e definir temas para discussão.
Além disso, os países que ocupam a presidência rotativa do grupo podem convidar outras economias mundiais para participar das discussões. A presidência brasileira convidou os seguintes: Angola, Egito, Emirados Árabes, Espanha, Nigéria, Noruega, Portugal e Cingapura.
Quem vem?
De todos os países membros, apenas o líder da Rússia, Vladimir Putin, já confirmou que não virá. Os outros chefes de Estado já confirmaram presença – sendo assim, o Brasil vai receber, nos próximos dias:
-
Joe Biden (Estados Unidos)
-
Xi Jinping (China)
-
Cyril Ramaphosa (África do Sul)
-
Claudia Sheinbaum (México)
-
Prabowo Subianto (Indonésia)
-
Javier Milei (presidente da Argentina)
-
Anthony Albanese (primeiro-ministro da Austrália)
-
Justin Trudeau (presidente do Canadá)
-
Yoon Suk-yeol (presidente da Coreia do Sul)
-
Emmanuel Macron (presidente da França)
-
Recep Erdoğan (presidente da Turquia)
-
Olaf Scholz (primeiro-ministro da Alemanha)
-
Giorgia Meloni (primeira-ministra da Itália)
-
Prabowo Subianto (presidente da Indonésia)
-
Narendra Modi (primeiro-ministro da Índia)
-
Shigeru Ishiba (primeiro-ministro do Japão)
-
Keir Starmer (primeiro-ministro do Reino Unido)
-
Recep Tayyip Erdoğan (presidente da Turquia)
Como o grupo funciona?
O grupo se divide em duas frentes de atuação: trilha de Sherpas e trilha de Finanças.
Os Sherpas são os representantes oficiais dos líderes dos países-membros e acompanham as negociações e discutem as principais pautas do grupo.
Já a trilha de Finanças envolve os líderes dos ministérios da economia e presidentes de bancos centrais para discutir temas macroeconômicos. Essa equipe se reúne pelo menos quatro vezes por ano, sendo duas delas em paralelo às reuniões gerais do Banco Mundial e do FMI.
Quais temas o Brasil propôs para o G20?
A presidência do Brasil colocou três temas na prioridade de discussão do G20:
-
combate à fome, à desigualdade e à pobreza (foi lançada a Aliança Global Contra a Fome);
-
enfrentamento às mudanças climáticas e por políticas de sustentabilidade e uma transição energética justa;
-
uma nova governança global, para que países emergentes tenham mais representatividade em órgãos como a Organização das Nações Unidas (ONU).