A Nasa (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos) lançou um desafio para qualquer pessoa que consiga pensar em uma solução inovadora para a gestão de resíduos humanos no espaço. O problema é constante desde a primeira missão da Nasa, em 1969.
Nas primeiras missões espaciais, nem os engenheiros e nem especialistas em aeronáutica conseguiram resolver de forma eficaz o problema dos resíduos –fezes e urina. A situação preocupa devido ao risco de contaminação.
A falta de gravidade no espaço se torna um problema neste aspecto, e é preciso pensar em uma forma segura de armazenar as fezes e urina dos astronautas para evitar contaminar o ambiente da nave espacial.
A agência norte-americana revelou que, durante as primeiras missões Apolo, foram deixadas 96 bolsas de resíduos humanos na superfície lunar. Em uma das imagens de Neil Armstrong, pode-se ver uma bolsa de lixo branca ao lado do módulo Eagle.
A Nasa planeja um retorno à Lua, e com isso, surge a necessidade de resolver o desafio. Graças às missões Artemis, nasceu a iniciativa “LunaRecycle Challenge”, um concurso que entregará US$ 3 milhões (cerca de R$ 17 milhões) em prêmios.
“Operar de forma sustentável é uma consideração importante para a NASA enquanto fazemos descobertas e conduzimos pesquisas tanto fora de casa quanto na Terra”, afirmou Amy Kaminski, executiva do programa de Prêmios, Desafios e Crowdsourcing da Agência Espacial.
O concurso será dividido em duas categorias, nas quais serão avaliadas ideias para o desenvolvimento de tecnologias de gestão e reciclagem dos resíduos humanos, em missões espaciais de longa duração. O LunaRecycle Challenge terá um total de prêmios de US$ 3 milhões, com até US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 5,7 milhões) na primeira fase.
A primeira categoria é chamada “Prototype Build Track”, e foca na construção de protótipos para reciclagem de resíduos sólidos. Por outro lado, a segunda fase se concentrará no desenvolvimento de sistemas virtuais, para simular a metodologia de reciclagem na superfície lunar. Esta fase se chama “Digital Twin Track”.
O objetivo é que, por meio das duas categorias, o lixo possa ser transformado em produtos úteis, facilitando a exploração lunar e ajudando a desenvolver soluções sustentáveis.
Além de ajudar nas missões espaciais, o concurso também incentiva a criação de soluções para lidar com a gestão de resíduos na Terra.
O desafio é coordenado pela Universidade do Alabama, em conjunto com a AI Spacefactory, avaliando a capacidade das equipes de resolver 187 desafios tecnológicos para futuras missões da Nasa. O prazo final para participar do desafio é até 30 de janeiro de 2025. As inscrições podem ser feitas pelo site da universidade.
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