Felipe Neto participa da Flip 2024 e lança livro (Foto: Instagram / Reprodução)

O anúncio da participação de Felipe Neto na 22ª Flip, em setembro, dividiu opiniões dentro e fora das redes sociais. O youtuber, que acaba de lançar o livro “Como Enfrentar o Ódio”, vai discutir o mecanismo de proliferação do sentimento, nesta sexta-feira (11), durante debate com a jornalista Patrícia Campos Mello.

Empresário, em entrevista exclusiva a Splash, afirmou que as críticas o levaram de volta ao início da carreira no YouTube, quando a plataforma de vídeos ainda era incipiente no Brasil. Ele relembrou o preconceito que sofreu, especialmente por parte da indústria do entretenimento, que via os youtubers como uma espécie de “escória”.

“Eu lembro de sentir na pele esse nariz torcido, esse pensamento do: ‘Eu sou o intelectual do entretenimento e esses youtubers são a escória’. Então, eu meio que, quando vi o tipo de crítica que estava chegando, me lembrou muito essa época.”

Neto se diz acostumado a esse tipo de reação e confiante na própria trajetória. Ele acredita que as críticas a respeito do convite da Flip são passageiras. “Eu sei que isso é fogo de palha, porque eu confio na minha trajetória, no meu trabalho.”

“Quando essas pessoas tiverem a oportunidade de me conhecer, de ler o livro, de conhecer o Clube do Livro FN, ver a ação da Bienal, em 2019, e quem sabe de irem à Flip no dia e conversarem comigo, olhar olho no olho, vão entender”.

O youtuber comprou e distribuiu cerca de 14 mil livros com personagens LGBTQIA+, em 2019, durante a Bienal do Livro do Rio. A ação foi uma resposta à fiscalização da Secretaria Municipal de Ordem Pública do Rio de Janeiro, que durante o dia anterior vasculhou os 150 estandes da Bienal em busca de obras consideradas “impróprias”. À época, o prefeito era Marcelo Crivella.

Literatura como ferramenta contra o autoritarismo

Além do combate ao ódio, o empresário destaca a saúde mental, a literatura e a educação digital como principais pilares de atuação social. Ele considera a literatura fundamental para a criação de conhecimento e resistência a regimes autoritários.

“A literatura é a maior fortalecedora de criação de conhecimento e resistência a regimes autoritários. Então, a disseminação da leitura proporciona uma sociedade mais preparada, tanto eticamente quanto de resistência a determinados manipuladores da opinião pública. Tanto através da fé, quanto através da simples manipulação digital com desinformação, com fake news, etc”.

Com informações da Splash / Uol