Na abertura do encontro do G20 Turismo nesta sexta-feira (20), em Belém, o ministro do Turismo do Brasil, Celso Sabino, anunciou um plano de liberação de recursos para empreendimentos turísticos de regiões afetadas pelas queimadas recentes através do Fungetur (Fundo Geral do Turismo), semelhante ao que foi feito no Rio Grande do Sul. Os detalhes ainda serão divulgados.
Este ano, o Fungetur já liberou R$ 200 milhões para o Rio Grande do Sul, devastado pelas enchentes, e o Pará, para obras de preparação para a COP30.
Sabino destacou a importância do ecoturismo como ferramenta de desenvolvimento sustentável, combate às desigualdades sociais e enfrentamento da crise climática. “O turismo abre portas e distribui renda”, disse. “As populações que vivem nas florestas tropicais não querem mais viver à margem do desenvolvimento e serem sozinhas responsáveis pela manutenção da floresta.”
“É muito oportuno que este encontro aconteça em Belém, a porta de entrada da Amazônia, floresta que abriga a maior biodiversidade do mundo”, afirmou Sabino. Participaram da cerimônia o secretário-geral da ONU Turismo, Zurab Pololikashvili, a presidente do WTTC (Conselho Mundial de Viagens e Turismo), Julia Simpson, o presidente do Conselho Executivo da ONU Turismo, Ahmed Al Khateeb, a vice-governadora do Pará, Hana Gassan, e o ministro das Cidades, Jader Filho.
A valorização da floresta em pé também foi a tônica do discurso da vice-governadora, Hana. “Este encontro é um marco importante para definir diretrizes que vão guiar os passos do turismo sustentável para avançarmos na agenda do desenvolvimento sustentável”, disse. Ela destacou a importância do turismo de base comunitária para as populações locais e para a preservação ambiental.
Sabino afirmou que o encontro é uma oportunidade para a discussão de projetos de captação de investimentos e políticas de prevenção e recuperação de destinos turísticos atingidos por desastres climáticos, como o Rio Grande do Sul e o Pantanal.
Em preparação para a COP30, Belém tem várias obras em andamento, especialmente voltadas para hotelaria e mobilidade.
Confiante de que a cidade estará apta a receber as delegações internacionais – são esperados 770 líderes globais -, Jader Filho afirma que o maior gargalo de infraestrutura está no setor hoteleiro, que tem recebido investimentos para se adequar. “Belém está recebendo obras que serão um legado para a cidade se tornar um destino dos vários tipos de turismo, como o de eventos, lazer e gastronômico”.
“A COP30 será a maior e mais importante de todas. A Amazônia tem sido central nas discussões de todas as COPs e os líderes têm que vir para cá para entender o que é este ecossistema”, afirmou Jader, para quem é necessário inserir os amazônidas na conversa e fortalecer políticas públicas que integrem sustentabilidade à realidade urbana. “Os amazônidas não vivem embaixo das copas das árvores. Eles vivem nas cidades”, diz.
Júlia Simpson, do WTTC, destacou a importância das parcerias entre empresas, governos e sociedade civil para o reconhecimento do valor do turismo como motor de desenvolvimento econômico.
O saudita Al Khateeb também falou sobre a necessidade das parcerias entre empresas e governos e afirmou que o G20 está trabalhando para tratar de assuntos como turismo de massa e mudança climática, de olho no turismo sustentável como uma força transformadora.
Para Pololikashvili, da ONU Turismo, o mundo está caminhando devagar para atingir os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU), e que o turismo é uma ferramenta para isso.
O encontro do GT Turismo do G20 acaba neste sábado (21) em Belém, quando se espera a conclusão e assinatura do texto final do projeto de sustentabilidade do setor.
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