
O Tribunal de Justiça do Amazonas, por meio da Comissão de Gestão de Memória, laureou três pessoas com a entrega do “Prêmio Eduardo Ribeiro” e 15 pessoas com o “Prêmio Memória TJAM”, em solenidade realizada na manhã desta quinta-feira (1.º/08), no auditório do Centro Administrativo Des. José de Jesus F. Lopes, no prédio Anexo à Sede do TJAM. A cerimônia de premiação foi conduzida pela presidente da Corte, desembargadora Nélia Caminha Jorge, e pela presidente da Comissão de Gestão de Memória do Tribunal, desembargadora Carla dos Santos Reis.
Valorizando trabalhos acadêmicos, científicos e culturais realizados a partir dos acervos arquivístico, bibliográfico, museológico e da história e memória do Poder Judiciário do Amazonas, os prêmios têm como finalidade, preservar o passado para a construção de um futuro sólido, como destaca a presidente Nélia Caminha.
“Gostaria de expressar meu profundo agradecimento aos participantes que se dedicaram a produzir trabalhos de alta qualidade, contribuindo significativamente para a preservação de nossa história e de nossa memória institucional. A memória de uma instituição é seu alicerce. Sem ela, não podemos construir um futuro sólido e próspero. Ao premiar estes trabalhos, estamos reafirmando nosso compromisso com a valorização do passado e a construção de um futuro repleto de conhecimento e cultura”, afirmou a magistrada.
Para a presidente da Comissão de Gestão de Memória, desembargadora Carla dos Santos Reis, a preservação da memória contribui para a edificação de indivíduos sólidos. “A memória representa um mecanismo importantíssimo para a construção de uma identidade institucional na qual a experiência e a história recebem de acesso para a edificação de um homem sólido que preserva a sua história e retém o tempo vivido para seu desenvolvimento e avanço contínuo ao tempo que avança”, disse Carla Reis.
Ao instituir as duas premiações, por meio da Portaria n.º 2394/2021 a Presidência do TJAM considerou, entre outros aspectos, o disposto na Resolução n.º 429/2021, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que instituiu o “Prêmio CNJ Memória do Judiciário”; as diretrizes contidas na Resolução CNJ n.º 324/2020, que tornou obrigatória a observância, pelos tribunais, das normas, princípios, diretrizes e instrumentos de gestão documental e de memória; bem como a Política Nacional de Gestão de Pessoas no âmbito do Judiciário”, estabelecida pelo CNJ na Resolução n.° 240/2021.
A professora e doutora em História, Keith Barbosa, discursou em nome de todos os agraciados com o “Prêmio Memória TJAM”. “Quero ressaltar a importância do estudo da presença negra na Amazônia, o qual, depois de um largo período de negação e silêncio, tem se desenvolvido academicamente de forma pujante. Os arquivos do Judiciário são celeiro de fonte qualificada para pesquisa nas mais diversas áreas e temáticas e devem ser valorizados e preservados pois conhecer o passado nos garante um presente e um futuro melhor”, afirmou Barbosa.
Em nome do desembargador Cezar Bandiera – que foi agraciado com o “Prêmio Eduardo Ribeiro” mas não pôde comparecer à cerimônia em razão de encontrar-se em licença médica – a assessora Gisela Silva leu o discurso preparado pelo desembargar, que havia sido escolhido para falar em nome dos demais premiados. Na mensagem, o magistrado destacou a diversidade dos trabalhos premiados, que demonstram que o Prêmio revela uma visão plural sobre o mesmo tema, preservando a história do Judiciário, celebrando o resgate histórico do Tribunal e a memória, que segundo ele, é parte essencial da construção da identidade de uma nação.
Homenageada com o “Prêmio Memória TJAM”, a jornalista Sandra Bezerra Lima, que integra a equipe da Assessoria de Comunicação Social do TJAM, destaca que o trabalho de pesquisa feito por ela buscou informações na imprensa local bem antes da instalação do Poder Judiciário no Estado através de publicações de 1845 a 1900 que foram arquivadas pelo TJAM. A pesquisa foi baseada no Inventário de documentos do arquivo histórico do Tribunal de Justiça do Amazonas.
