O presidente Lula e o presidente da França, Emmanuel Macron (Ricardo Stuckert / PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciaram ontem (26), um programa que deve investir 1 bilhão de euros (5,3 bilhões de reais) nos próximos quatro anos em economia sustentável na Amazônia brasileira e da Guiana Francesa.
A parceria vai unir bancos públicos brasileiros, incluindo o Basa e o BNDES, e a Agência Francesa de Desenvolvimento, presente no Brasil e na Guiana Francesa. O projeto buscará um novo acordo científico entre os países para desenvolvimento de pesquisas sobre sustentabilidade e também deve criar um hub para compartilhamento de tecnologias sobre o tema.
Brasil e França manifestaram o compromisso conjunto de combate ao desmatamento, proteção da Amazônia, restauração e gestão sustentável de florestas tropicais, e desenvolvimento da bioeconomia, incluindo “mecanismos inovadores de financiamento”.
Lula e Macron se reuniram em Belém (PA), que sedia no ano que vem a cúpula do clima COP30. Na chegada a Belém, os presidentes foram, em um barco da Marinha, para a Ilha do Combu, na margem sul do Rio Guamá. O trajeto incluiu a travessia do rio e a navegação por uma área de igarapés, onde os dois líderes puderam ter contato com a Floresta Amazônica preservada.
Na próxima etapa da viagem, Lula e Macron inauguram, na manhã de hoje (27), o novo submarino brasileiro construído no Complexo Naval de Itaguaí, no Rio, por meio de um acordo de cooperação tecnológica com a França.
Honraria a Raoni
Em Belém, Macron concedeu ao cacique Raoni Metuktire, líder do povo kayapó e um dos representantes indígenas mais reconhecidos internacionalmente, a ordem do cavaleiro da Legião de Honra da França. A medalha é a maior honraria concedida pela França aos seus cidadãos e a estrangeiros que se destacam por suas atividades no cenário global.
A Legião de Honra foi criada por Napoleão Bonaparte em 1802 para premiar méritos militares e civis reconhecidos pela República Francesa.
“Caro Raoni, esse momento é dedicado a você. Várias vezes você foi à França e eu me comprometi a vir aqui na sua floresta, estar junto com os seus. Essa floresta, que é tão cobiçada, mas que você sempre lutou para defendê-la durante décadas. O presidente Lula e eu, hoje, fazemos causa comum com um de nossos amigos”, disse Macron em discurso antes de entregar a medalha ao cacique.
Em seu pronunciamento, falado no idioma kayapó e traduzido por um parente, Raoni cobrou ações do governo brasileiro para evitar ameaças ao desmatamento, e pediu que o governo bloqueie o projeto de construção da Ferrogrão. Com 933 quilômetros de extensão, o projeto, ao custo de R$ 12 bilhões, prevê uma ferrovia que ligará Sinop, em Mato Grosso, ao porto paraense de Miritituba. A obra cruzaria áreas de preservação permanente e terras indígenas, onde vivem aproximadamente 2,6 mil pessoas.
Já o presidente Lula afirmou, em discurso, que o Brasil é um país em construção e que a luta pelo direito dos povos indígenas, quilombolas e trabalhadores rurais ainda não foi resolvida. O presidente criticou os setores contrários às demarcações de terras indígenas no país e afirmou que seus governos foram os que mais ampliaram a destinação de terras aos povos originários.
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