Uma nova geração de artistas visuais amazonenses está querendo conquistar seu lugar ao sol. Para isso, se reuniu em um coletivo no intuito de trazer uma outra perspectiva sobre a arte do Amazonas no século 21. O resultado pode ser conferido na exposição “Geração 21”, que fica em cartaz do dia 15 de fevereiro ao dia 15 de abril, na galeria Manoel Santiago, do Palacete Provincial.
O coletivo de artistas adota o mesmo nome dado à exposição: Geração 21. A cerimônia de abertura da exposição acontece nesta quinta-feira (15/02), às 18h. Nos demais dias, a exposição fica aberta à visitação no horário de funcionamento do Palacete Provincial: de segunda a sábado (exceto às quartas feiras), das 9h às 15h.
“O coletivo Geração 21 surgiu com o objetivo de reconhecer artistas amazonenses que estão se inserindo no campo das artes visuais no século 21 através de suas primeiras exposições, o que justifica esse nome”, explica Victor Hugo da Silva Reis, diretor do coletivo Geração 21 e curador da exposição homônima.
“Mediante a formação do coletivo, resolvemos introduzi-lo com uma mostra artística com o nome do coletivo, mas sem uma temática específica, pois seu objetivo principal é apresentá-lo à comunidade”, afirma Victor Hugo.
O grupo iniciou com oito artistas apenas, mas atualmente engloba 38 participantes de Manaus e de outros municípios do Amazonas, quantidade que poderá se expandir brevemente, de acordo com o diretor do coletivo.
“Também não nos limitamos apenas aos muros da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), mas pretendemos explorar outras instituições para expor como a Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa, o Icbeu (Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos), as galerias dos shoppings e outros espaços”, defende Victor Hugo.
Essa primeira mostra reúne 10 artistas do coletivo: Airy, Arcanjo, Leen, Emilly Rocha, Geci, Solnaterra, Jussara, Leo Rezz, Lu Saturno e Victor Hugo Reis (curador e artista), todos definidos por convocatória, expondo o total de 32 obras, com diversas técnicas e temáticas.
Construindo a história
De acordo com o diretor, o coletivo pretende construir a própria história, do mesmo modo que artistas de outras gerações construíram a deles. Ao estudarmos a história da arte no Amazonas, aprendemos a importância dos artistas no decorrer das décadas, e como a geração deles foi forte e resistiu a muitos aspectos, o que enriqueceu cada vez mais sua trajetória no campo das artes plásticas no Amazonas, por isso também queremos construir a nossa.
Victor Hugo também informa que o coletivo tem por finalidade incluir e incentivar mais artistas em desenvolvimento a se inserirem nos espaços culturais e estabelecerem um diálogo entre sua arte e a população.
“Contudo nossos objetivos vão além de exposições em museus e galerias, pois a arte deve ser levada para fora desses espaços também, e deve ser acessada por todas as pessoas, por isso realizaremos também projetos com a comunidade, pretendendo trazer à população outras vivências na arte, baseadas no contexto do século”, afirma o diretor e curador.
O coletivo também objetiva contribuir com os espaços culturais, afirma Victor Hugo, acrescentando que o grupo apresentará projetos futuros para serem realizados nos espaços, estabelecendo parcerias, integrando diversos grupos, possibilitando inclusão e acessibilidade e estimulando as pessoas a frequentarem mais estes locais.
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