Com a paralisação da atividade econômica por causa da pandemia de Covid-19, a fome se acentuou em grande parte dos lares amazonenses. Para auxiliar às famílias de baixa renda, a Amazonas Energia iniciou em fevereiro de 2021 o projeto Energia Solidária.
Naquela época, a concessionária distribuía 500 cestas e 100 frangos semanalmente em bairros da periferia de Manaus. “Nós percorríamos os bairros entregando as cestas. Era uma alegria quando chegávamos, mas sempre tinha mais gente pedindo do que o estoque que dispúnhamos”, relembrou o Diretor de Relações Institucionais, Radyr Gomes.
Para atender a demanda crescente, o projeto evoluiu. Atualmente, são distribuídas semanalmente, 1.000 cestas básicas contendo: dois frangos, arroz, feijão, macarrão, leite, café, açúcar, óleo. Além disso, também são entregues 2.000 kits lanche com biscoito, suco, balas diversas, salgadinhos e pipoca. Os produtos são entregues para instituições sociais que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade.
Solidariedade rotineira
Os funcionários da Amazonas Energia têm uma rotina diferente na concessionária às sextas-feiras a tarde. Deixam os ambientes de escritório e se reúnem num galpão, onde, numa ação conjunta, ajudam na embalagem e distribuição dos alimentos doados, exercendo assim o voluntariado, prática tão valorizada e necessária nos dias de hoje.
“O número de interessados é sempre maior do que o número de cestas. Para ajudar a todos, cadastramos as instituições, que se dirigem ao local de entrega, para retirada das cestas. Nossa congregação atende cerca de 14 mil pessoas com os donativos enviados pela Amazonas Energia”, conta a irmã Paula Arza, da Igreja Sagrado Coração, localizada no Conjunto Cidadão XII, bairro Nova Cidade, zona Norte.
A concessionária está sempre aberta para a formalização de parcerias com empresas ou outras instituições a fim de ampliar o volume de entregas. Até julho deste ano, o projeto Energia Solidária contemplou 645 comunidades com 2.558 toneladas de alimentos.
Continuidade
O projeto iniciado em 2021 não tem prazo para encerramento porque a fome não reduziu. Mesmo a Amazonas Energia tendo distribuído 150 mil cestas de alimentos, o número de pessoas com carência nutricional não reduz.
“A pandemia colocou em risco a vida de duas formas: a primeira pela possibilidade de contrair o coronavírus. E a segunda, pela falta de ocupação e renda. Milhares de famílias amazonenses sofreram com o desemprego, que aumentou a fome e o desespero. A pandemia foi controlada, mas a fome não. Por isso, continuamos esta ação de solidariedade”, explicou o acionista e vice-presidente da Amazonas Energia, Orsine Oliveira, idealizador do programa.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Amazonas, a fome afeta 2,7 milhões de pessoas que vivem em situação de insegurança alimentar moderada ou grave.
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