Autoridades ucranianas divulgaram hoje vídeos que mostram um bombardeio em uma estrada na cidade de Dnipro, no sudoeste da Ucrânia, e um ataque a um grupo de civis, sem especificar a região, e acusaram a Rússia de ter feito essas duas ofensivas. O Kremlin ainda não se pronunciou sobre as alegações das autoridades do país ucraniano.
No primeiro vídeo, uma câmera de segurança acoplada a um carro flagra o momento em que uma explosão atinge a via, erguendo chamas e uma coluna de fumaça no local.
Em uma publicação no Telegram, o prefeito de Dnipro, Borys Filatov, disse que a explosão foi causada por um míssil russo. O artefato explosivo, segundo ele, caiu a uma distância de cinco metros de um ônibus que transportava civis, mas ninguém ficou ferido.
“Embora Deus esteja morto, milagres às vezes acontecem. Ônibus comum de passageiros. O foguete explodiu literalmente a cinco metros de distância. Todo mundo está vivo”, escreveu Filatov.
Um segundo vídeo, divulgado pelo perfil oficial do Ministério da Defesa da Ucrânia, mostra o que seria um grupo de civis caminhando por um gramado. Segundo depois, uma explosão é vista no perímetro.
“O exército russo só sabe atacar a população civil. Eles devem aprender a lutar com o Exército ucraniano. Para garantir que o treinamento seja eficaz, eles precisam se render”, diz a publicação, sem citar onde ele teria ocorrido.
Kiev voltou a ser atacada
Pela primeira vez desde junho, Kiev volta a ser atacada por mísseis russos. Na manhã de hoje (10), a capital ucraniana registrou diversas explosões, no que está sendo considerado como uma resposta de Vladimir Putin diante da explosão no fim de semana contra a ponte que liga o território russo à península da Crimeia.
Para a Europa, os ataques desta segunda-feira constituem um “crime de guerra” diante dos alvos civis. Já o presidente Emmanuel Macron, da França, estima que a ofensiva muda “profundamente” o conflito.
“O Kremlin escalou de novo sua agressão a um novo patamar”, disse Ursula van der Leyen, presidente da Comissão Europeia. “Precisamos proteger nossa infraestrutura crítica”, completou.
Apesar de o ataque no fim de semana não ter sido reivindicado, o Kremlin denunciou o governo ucraniano como o responsável pelo ato de “terror” na ponte. Em Moscou, fontes do alto escalão da diplomacia confirmaram ao colunista Jamil Chade, do UOL, ainda no sábado que Putin iria responder.
Hoje (10), os ataques russos atingiram a capital em plena hora de pico. Os mísseis caíram sobre algumas das principais artérias de transporte da cidade. Foram pelo menos quatro mísseis e quase uma dezena de outras explosões, durante mais de uma hora.
Com informações do Uol