O Brasil registrou o terceiro dia seguido de recorde de casos de covid-19 nesta sexta-feira, com 269.968 novos registros, elevando o total de infecções confirmadas no país para 25.034.806, informou o Ministério da Saúde. O recorde anterior havia sido registrado na quinta-feira, com 228.954 casos.
Também nesta sexta foram contabilizadas 799 novas mortes por covid-19, o número mais alto em um único dia desde 22 de setembro do ano passado. O país acumula 625.884 óbitos por covid-19 desde o início da pandemia.
A disparada de casos registrada no Brasil deve-se ao avanço da variante Ômicron pelo país. No entanto, com o avanço da vacinação e a aparente menor letalidade da Ômicron, o número de óbitos ainda segue em patamares inferiores em relação ao pico da pandemia, quando o Brasil registrou mais de 3.000 mortes por dia.
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O Brasil registrou 779 novas mortes pela covid-19 nesta sexta-feira, 28. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 472, a pior marca desde 5 de outubro. Já o número de novas infecções notificadas foi de 257.239.
Pelo 11º dia consecutivo o Brasil bateu recorde de casos na média móvel, atingindo a impressionante marca de 183.203, o maior número de toda a pandemia. “Estamos vendo uma explosão de casos no Brasil. Estamos à beira de um tipo diferente de colapso que poderia ser evitado com o uso de máscara e ficando longe de aglomeração. O discurso das autoridades está sendo aquém do que a gente esperava. Não é um momento para estar tranquilo”, diz Carlos Magno Fortaleza, infectologista e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
O médico aponta que é uma explosão de casos nunca vista, algo que está ocorrendo por causa da variante Ômicron. “A proporção de pessoas disseminadoras é muito maior. Somando-se a isso está o fato de que a Ômicron tem um relativo escape vacinal. Sem contar que a população relaxou com as medidas de segurança. Isso tudo, com a sensação de que a covid-19 se transformou em uma gripe, faz com que ocorram recordes dias após dias”, afirma. “A grande maioria vai ter um quadro gripal leve, e isso faz com que as pessoas se exponham e transmitam a covid-19. Mas há quem morra.”
O especialista reforça que, com um número tão alto de casos positivos, mesmo diante de uma baixa testagem, o número de mortes também vai subir. “O que importa não é a percentagem de mortes, e sim a quantidade. Com a Ômicron, a proporção de pessoas que morrem é menor, e de fato as pessoas vacinadas têm menor possíbilidade, pois com três doses da vacina a chance de internação cai 85%. Mas como o número de casos é astronômico, a pequena proporção de mortes da variante pode gerar números grandes absolutos”, avisa.
No total, o Brasil tem 625.948 mortos e 25.040.161 casos da doença. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 22.162.914 pessoas estão recuperadas.
O Estado de São Paulo registrou 285 mortes por coronavírus nesta sexta-feira. Outros cinco Estados superaram a barreira de 30 óbitos: Ceará (92), Paraná (58), Minas Gerais (44), Santa Catarina (40) e Rio Grande do Sul (31). No lado oposto, o Acre registrou apenas uma morte enquanto Roraima não teve óbitos.
*Com Estadão Conteúdo