O vereador de Manaus, Amom Mandel (PODE) anunciou no fim da tarde desta segunda-feira (11/01) que entrará nas próximas horas com uma Ação Ordinária Cautelar, com pedido de antecipação de tutela, pelo adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Estado do Amazonas, com provas marcadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para o próximo domingo (17/01). O pedido de Amom acontece em face do aumento do número de pessoas infectadas pelo Covid-19 na capital do Amazonas e no interior, e também depois de denúncias recebidas pelo “Gabinete Online”, lançado pelo parlamentar no domingo (10/01/21). “Considerando que a possibilidade de desistência em massa, tanto de estudantes quanto de colaboradores do Enem, um risco real, decidi entrar com a ação em nível Estadual e Federal para tentar adiar o exame por alguns dias no estado do Amazonas”, anunciou Amom Mandel.
Manaus enfrenta um dos cenários mais preocupantes do Brasil com o aumento diário de internações e sepultamentos de vítimas do novo coronavírus. Segundo Amom Mandel, a realização do exame nos moldes propostos pelo Inep, de forma presencial, representa um risco real à saúde de estudantes. “Nesse momento, Manaus vive o que as autoridades em saúde classificam como fase roxa do sistema de atendimento. A aglomeração provocada pelo Enem seria um risco aos estudantes, aos familiares e poderia agravar a saturação que nossa cidade enfrenta em seu sistema de saúde. O Enem é importante e deve acontecer, mas dentro do possível”, afirmou Amom.
Covid-19 no Amazonas
No último domingo (10/01), o Boletim Epidemiológico divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) apontou que o estado registrou 965 novos casos de Covid-19, elevando para 213.961 casos da doença. 32 óbitos foram confirmados, 22 só no último sábado (09/01). Desde o início da pandemia, 5.701 pessoas foram vítimas do coronavírus em todo Amazonas.
Em Manaus, atualmente, 450 pessoas com diagnósticos confirmados para Covid-19, ocupam leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), na rede pública e privada. 973 pacientes estão em leitos clínicos de hospitais da cidade. Entre casos suspeitos e em investigação 1.867 pessoas seguem internadas, segundo o último Boletim da FVS.
*Com informações da assessoria